CG Titan 2009 faz mais de 40 km/l
Equipada agora com Injeção Eletrônica, a nova CG Titan prometeu muito em relação ao consumo final de combustível. A sua versão carburada já levava fama de econômica, pois seu consumo está na casa dos 30 quilômetros por litro. O novo modelo também possui motor de 150 cilindradas mas agora alimentado por injeção eletrônica de combustível, o que garante maior rendimento. Em testes realizados, o consumo médio foi de cerca de 40 quilômetros por litro de gasolina. A capacidade do tanque de combustível também foi aumentada, agora com capacidade de 16 litros, a motocicleta é capaz de rodar cerca de 600 quilômetros sem precisar abastecer, mas todo cuidado é pouco na hora de reabastecer, pois a motocicleta não possui reserva, se gastar a gasolina acaba de vez.
Estava curioso para saber como seria rodar com a popular Honda CG 150 Titan 2009, equipada com injeção eletrônica de combustível. Além da enorme responsabilidade de escrever um teste sobre a nova versão do veículo mais vendido no País — em 2008 foram emplacadas 442.569 unidades — tive a oportunidade de rodar mais de 300 quilômetros com o novo modelo best-seller da Honda em estradas e vias urbanas.
Com injeção eletrônica, a moto mais vendida do Brasil está mais econômica e menos poluente. Testamos em ruas e estradas a Honda CG 150 Titan 2009 versão ESD, a mais completa da linha. Como principais novidades, a CG 2009 apresenta a bem-vinda injeção eletrônica de combustível, que já atende ao Promot 3 — lei que regulamenta a emissão de poluentes por motocicletas, que entrou em vigor no início deste ano. Traz também ligeiras mudanças na ciclística, como chassi mais rígido, melhorias na posição do piloto e garupa. Quanto ao design do novo farol dianteiro, seremos diretos: é na base do ame ou odeie.
O BOM E O RUIM
Rodando, a nova CG 150 chamou a atenção sempre que foi vista pela frente, um fato no mínimo curioso. A culpa é do formato do farol, inédito na linha CG. As opiniões de outros motociclistas e frentistas foram as mais contrastantes possíveis. Desde o “A moto é maneira, está parecendo a Hornet” até um “Horrível, parece a moto dos Power Rangers”. Houve também que achou que vai custar caro consertar, em caso de defeito ou barbeiragem. Mas o que o farol tem de polêmico, tem de funcional.
A OPINIÃO DE QUEM ANDOU
“Achei que ela está um pouco mais fraca. Gostei do banco, bem mais confortável que a minha. Além disso, o acelerador mais curto melhorou para pilotá-la nas estradas. Não gostei (do novo farol). Ele não combinou com o estilo da CG e nem lembra o farol da Hornet”. Augusto Machado, 23 anos, metalúrgico, dono de uma CG Titan 150 ED 2004
“Gostei, não senti dor nas costas ao andar na nova CG, como sinto ao andar na minha moto. Parece que o guidão está mais próximo das mãos. (O farol) Não é bonito, mas ilumina bem, o facho é concentrado e também facilita a visualização da motocicleta durante o dia”. Cleber Santos, 29, manobrista, dono de uma CG 125 1996
Pilotando à noite, o tão criticado farol é muito eficiente, emitindo um facho de luz bem nítido e concentrado. Os piscas integrados também oferecem melhor visualização no trânsito, mesmo em períodos noturnos. O lado ruim é que, em caso de alguma avaria será necessária a troca do conjunto inteiro. Nas concessionárias paulistanas, a carenagem que envolve o farol custa em média R$ 60, já o preço do farol é mais “salgado”, cerca de R$ 160. Quando vista pela traseira passava despercebida como qualquer outra das milhares de CGs existentes. Mas a rabeta, agora mais funcional e afilada, também mudou: tem as setas integradas à lanterna — o que lembra a Biz 125 — e o conjunto das laterais tem acabamento fosco, pintado na cor prata com detalhes em preto.
IMPRESSÕES
Se já era boa na antecessora, a posição de quem pilota, e também de quem vai de carona, ficou melhor na versão 2009. O piloto sente-se bem à vontade, pois o tanque foi redesenhado e tem melhor encaixe para as pernas. Na garupa, o banco continua com espuma farta, as alças de apoio para as mãos estão mais largas e altas e as pedaleiras estão ligeiramente mais baixas, demandando uma menor flexão das pernas.
Ao virar a chave, um ruído e uma luz no painel avisam que a injeção eletrônica está funcionando. Ligada, a moto funciona perfeitamente, sem engasgos, “buracos” na aceleração ou qualquer outro problema. Benefícios da injeção de combustível. Andando na cidade, ela responde muito bem em saídas de semáforos, ladeiras e retomadas de velocidade. Mesmo com dois ocupantes, o motor sempre se manteve “cheio” apesar da redução no torque — que passou de 1,35 kgfm para 1,32 kgfm a 7.000 rpm.
Mesmo no trânsito complicado, a moto apresentou comportamento exemplar para uma urbana: leve e ágil nas mudanças rápidas de direção. As suspensões — garfo telescópico na dianteira e duplo amortecedor na traseira — mostraram um funcionamento muito bom, copiando as imperfeições do asfalto sem serem rígidas ou moles demais. A versão ESD, testada, tem disco de 240 milímetros de diâmetro e pinça de dois pistões, bastante eficiente para evitar uma fechada de um veículo. O freio traseiro a tambor tem funcionamento regular, sem deixar a desejar para a concorrência.
NA ESTRADA
A sétima geração da CG não foi projetada para pegar a estrada. Mas se respeitarmos seus limites, o modelo encara as rodovias sem problemas. Entre 90 e 100 km/h e com muito vento contrário, a urbana da Honda manteve o ritmo com facilidade, apenas com alguma perda nas subidas.
Após mais de 90 quilômetros era hora de conferir o consumo. A Honda CG 150 Titan rodou 41,2 quilômetros com um litro de gasolina. Boa média, já que a moto tinha apenas 300 quilômetros rodados e o vento contrário costuma prejudicar o consumo.
SEM ATENÇÃO, FICA-SE A PÉ
As outras medições de consumo na cidade e em estradas indicaram que a nova Titan 150 está bastante econômica: em todas registrou média de consumo de 40 km/l. Com o novo tanque de combustível, agora com 16,1 litros, a autonomia poderia chegar a excelentes 600 quilômetros. Por falar em combustível, a CG não tem torneira e nem luz indicando que a gasolina chegou à reserva. Há apenas o tradicional marcador de gasolina no painel e os mais distraídos correm o risco de ter de empurrar a motocicleta. O melhor a fazer é ficar atento ao marcador e abastecer antes do ponteiro chegar na escala vermelha. Disponível nas versões KS (freio dianteiro a tambor e partida a pedal), ES (freio a tambor e partida elétrica) e ESD (freio a disco e partida elétrica), o preço sugerido da novidade é de R$ 6.040 para a versão KS, R$ 6.590 para a ES e R$ 6.990 para a top de linha ESD. A Honda CG 2009 tem quatro opções de cores: azul metálica, prata metálica, vermelha e preta.
FICHA TÉCNICA
Honda CG 150 Titan ESD
Motor: monocilíndrico, quatro tempos, 149,2 cm³, duas válvulas por cilindro e refrigeração a ar.
Diâmetro e curso: 57,3 mm x 57,84 mm.
Taxa de compressão: 9,5: 1.
Potência: 14,2 cv a 8.500 rpm.
Torque: 1,32 kgfm a 7.000 rpm.
Alimentação: Injeção eletrônica PGM-FI.
Transmissão: câmbio de 5 marchas, transmissão por corrente.
Quadro: diamante.
Suspensão: Garfo telescópico na dianteira e duplo amortecedor na traseira.
Freios: disco simples de 240 mm de diâmetro com cáliper de dois pistões na dianteira (versão ESD) e tambor de 130 mm na traseira.
Pneus: Pirelli City Demon 80/100-18, na dianteira, e 90/90-18, na traseira.
Dimensões 1.988 mm (comprimento); 730 mm (largura); 1.098 mm (altura); 792 mm (altura do banco); 1.315 mm (entre-eixos).
Peso (a seco): 119,4 kg (versão ESD).
Tanque: 16,1 litros.
Cores: azul metálica, prata metálica, vermelha e preta.
Preço: R$ 6.990 (versão ESD).
O motor de 149 cm³ apresenta a mesma potência da versão carburada: 14,2 cv a 8.500 rpm, agora alcançada 500 rotações acima da antecessora. O peso a seco da versão ESD testada é de 119,4 quilos, na média da categoria.
3 comentários:
Tem muitos erros porem é uma boa moto a Honda CG 150 titan
A CG 150 Titan está nitidamente mais fraca
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